Qual a importância das organizações observarem o quão notável pode ser a troca mutua no ambiente de trabalho, e que o compromisso deve ser uma via de mão dupla?

Se por um lado os colaboradores têm suas tarefas e rotinas para cumprir e colaborar com o crescimento da empresa. Por outra as instituições precisam compreender que não os seus parceiros estão na mesma luta e que não deem ocupar posição de vassalos.

As organizações que exploram a força de trabalho e que controlam o tempo total dos seus funcionários com tarefas e, inclusive com uma crescente demanda de novas responsabilidades, encargos e obrigações. Que avançam o período de descanso com demandar urgentes e da necessidade de celeridade constante tendem a esgotar seus funcionários e em curto prazo desmotivados e com provável, comprometimento da saúde mental. Essa postura tende, em médio prazo, causar uma explosão como a síndrome de burnout, ou outras doenças ocupacionais de esgotamento físico e mental.

Faz-se imperativo que o capital mais importante de uma organização, o humano, seja cuidado e que haja uma legitima preocupação com a qualidade de vida de seus funcionários.

O gerenciamento adequado das tarefas, divisão de trabalho e prazos pré-determinados com clareza podem ser a chave dessa mudança. Outro ponto fundamental é o respeito aos horários e ao descanso nos horários de pausa dos seus colaboradores. Por mais engajado e comprometido que seja seu funcionário não há saúde, física ou mental, que resiste em um ambiente de constante cobrança e desmedidas listas de tarefas e Jobs urgentes para serem executados. E por vezes o que impulsiona os seus funcionários pode estar atrelado ao mercado competitivo e receio de perda do emprego e consequente renda financeira, todavia esse não é um fator motivacional e sim coercitivo muito comum no século passado e comum em empresas com chefias autocráticas, opressivas e que subjugam seus pares. Chefes autoritários podem agir dessa forma por insegurança ou ausência de competência, fator preocupante e que trará para as organizações ambientes tóxicos e nocivos à saúde no ambiente laboral. Hodiernamente, as organizações precisam se atentar que há uma troca entre os envolvidos nas organizações e que em todos os níveis dessa estrutura deve-se ter reciprocidade, assim como empatia e deferência aos seus pares promovendo um ambiente saudável e equilibrado!

Cabe aos líderes, e não chefes, observar um planejamento claro e coeso, com prazos factíveis, fazendo com que a comunicação seja feita com transparência e dentro da conduta ética de um ambiente formal e estruturado.

Não há falta de comprometimento e tampouco de resiliência em não cumprir metas inatingíveis, prazos absurdos e demandas incoerentes com as rotinas e forças de trabalho disponíveis em uma determinada rotina organizacional.

Os gestores precisam fazer planejamento com analise de cenários, contingenciamento para gestão situacional mapeando as tarefas e prazos para consecução dos objetivos. E ainda vou além, é preciso que os objetivos sejam traçados com a participação dos envolvidos, como forma de entender como cada um tem a percepção de seu ambiente laboral, assim como suas funções e responsabilidades.

A reciprocidade deve abarcar cooperação, respeito e envolvimento de todos os enredados nos propósitos organizacionais, sem perder de vista a valoração dos seres humanos envolvidos. É necessário que tenham reconhecimento e sejam estimados pelo seus feitos e sua capacidade de contribuir com o crescimento de médio e longo prazo.

Márcia Reis

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