Desde os primórdios, os estudos remetem aos gestores que utilizam o poder e a autoridade como forma de comandar os grupos de trabalho. Todavia, ao longo da evolução da gestão de pessoas é perceptível que esse estilo de liderança esteja em xeque.
Embora seja essencial tomar frente nas decisões emergenciais, ouvir a equipe e os envolvidos é um fator essencial para uma liderança positiva, assim como o engajamento e motivação dos pares.
Todavia, ainda existem gestores que utilizam a coação como forma de legitimar seu poder, e ainda a pressão psicológica e autoridade do cargo como forma de manipulação e prevalência de vontades e dominação em detrimento aos sentimentos e satisfação do outro. Para conduzir e comandar uma equipe, não tem necessidade de ser dissimulado, agressivo, grosseiro e centralizador. Isso é liderança tóxica!
Muitas organizações permanecem validando esse tipo de ação e outras podem até desconhecer. Contudo, um líder, no real sentido da palavra, precisa respeitar, ouvir, ter empatia e compreender os limites de sua equipe.
Então, como lidar e agir com gestores que se passam por líderes quando na verdade estão fora do que se espera do perfil de quem tem a função de agregar, manter e motivar suas equipes?
É essencial manter a postura e o respeito, se persistir o estilo de opressão e assédio é importante, em primeiro momento, conversar e mostrar o quanto a postura afeta e impacta na motivação e produtividade, em seguida registrar e documentar o que está ocorrendo e quais elementos conduzem a conduta do gestor, e então denunciar as práticas em um canal isento formalizando para as áreas responsáveis.
Se não houver apoio e respostas destas áreas é importante rever o local em que está e buscar nova colocação antes de tomar decisões premeditadas ou que a situação fique difícil de manter as relações profissionais.
Mantenha suas tarefas em ordem, seja formal nas comunicações, permaneça com a postura clara e ética, não repita o comportamento com sua equipe e tampouco fomente conflitos desnecessários.
Alguns gestores adoecem sua equipe e comprometem o crescimento e transformação organizacional, portanto, é fundamental observar qual estilo de liderança você tem e ainda que tipo de líder você é? O autoconhecimento e a autoanálise podem ser essenciais nessa percepção, bem como os resultados da sua equipe podem dar um sinal de alerta sobre sua gestão e a necessidade de mudança.
Já para as organizações fica a dica: A avaliação deve ser bilateral, os canais de compliance devem estar disponíveis e serem anônimos. Lembrem-se que o respeito é essencial para um ambiente saudável e de crescimento e a liderança positiva só trará benefícios!
Márcia Reis