Governança corporativa, compliance, controles internos e gestão de riscos

Muito se tem falado na mídia e no mundo dos negócios sobre governança corporativa, compliance, controles internos e gestão de riscos, mas muito pouco de fato se pratica.

A importância desses elementos reside no fato de que a sustentabilidade de um negócio está na forma de gestão e conduta nos negócios.

E, infelizmente, a ação nessas searas, em regra, se inicia somente após terem sido descobertos erros graves e, pior, que causaram enormes prejuízos para as organizações e, em algumas situações, à própria sociedade.

À cada escândalo divulgado na mídia, há o questionamento sobre a efetividade dos processos de governança corporativa, compliance, auditoria e riscos implantados.

Os exemplos são muitos, porém, no Brasil, nos últimos anos, se destacam os problemas enfrentados pela Petrobras com relação à ingerência política na sua estratégia de negócios e, pior, o uso da companhia como ferramenta de práticas de corrupção, causando enormes prejuízos à companhia e aos seus acionistas, exigindo a implementação de fato de mecanismos de governança corporativa, compliance e controles internos.

Com relação à importância da gestão de risco, acompanha-se mais um desastre ambiental e humano com o rompimento da barragem da Vale situado no município de Brumadinho, com enormes perdas de vida e ao meio ambiente, além das perdas econômicas para a região.

A implementação de mecanismos efetivos de governança corporativa, compliance, controles internos e gestão de risco é bastante complexa e envolve, antes de mais nada, conhecer muito bem o negócio, seu mercado, seus clientes (internos e externos), seus fornecedores, e suas questões legais e regulatórias, além do envolvimento, primeiro, da alta administração e, depois, de toda a empresa de modo a tornar esses controles um hábito.

É necessário conhecer os riscos de perdas envolvidos na gestão do negócio por meio do seu mapeamento para, então, se estabelecer controles, sejam gerenciais, sejam regulatórios.

Assim, as organizações devem identificar, organizar e implementar uma melhor gestão de seus processos e sistemas, segundo as necessidades dos negócios, cuidando de forma transparente e responsável de eventuais riscos que possam estar sujeita.

Claro que tudo isso envolve algum investimento por parte da organização na busca incansável por uma gestão mais eficiente, mas como diz o velho ditado, é sempre melhor prevenir do que remediar.

Monica Bressan

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