O que esse fenômeno mostra para as organizações?
O termo traduzido literalmente significa “desistência silenciosa” e está crescendo e demonstra o excesso de trabalho e não a intenção de se demitir da organização em que está inserido.
A situação deve ligar um alerta vermelho para as organizações que perderam o limite de entregas e do que consideram alta performance.
A pandemia foi um divisor de águas para muitos profissionais, jovens ou não, e que mostra que há mais do que apenas a dedicação em tempo integral aos seus afazeres laborais!
Essa desistência silenciosa está atrelada ao fato de que podemos ser bons profissionais sem nos matarmos de trabalhar, contudo é essencial a percepção das organizações do limite para as funções e tarefas rotineiras e o excesso que estão cobrando de seus pares.
Essa atitude de fazer o que é necessário tem aumentado muito e requer analisar quais sinais ela traz ou o quanto o excesso de trabalho tem impactado na saúde mental e física das pessoas em suas empresas, bem como os chamados após o horário de trabalho, ou tudo ser urgente e para “ontem”, bem como a competitividade exagerada e a valorização do workaholic ou viciados em trabalho.
O Quiet quitting, durante o período de afastamento social da pandemia da covid 19, mostrou para algumas pessoas que existem algumas situações que não pode-se abrir mão, como valores e propósitos de vida, que é possível ser um profissional dedicado sem viver outros aspectos positivos de sua vida pessoal.
Esse é um dos grandes desafios para os líderes na compreensão de postura positiva e não toxica nas relações de trabalho, bem como na cobrança excessiva de suas equipes e, ainda, a carga intensa que tem imposto e que adoecem mentalmente seus pares.
Vale a reflexão de todos os lados, das organizações que pisam no acelerador e que podem atropelar as pessoas, das lideranças com seus perfis implacáveis e dos profissionais sobre o que realmente importa!
Esse fenômeno precisa mostrar para todos quais são seus papeis e o que buscam em suas relações!
Márcia Reis