Todos os seres nascem com uma missão na vida e, à medida que se desenvolvem e amadurecem, criam seus próprios propósitos. Os propósitos estão relacionados à vontade de realização, seja um projeto de vida, um planejamento financeiro ou um objetivo de crescimento na carreira. Nas organizações não é diferente, visto que ao se criar uma empresa é preciso ter  propósitos. Embora saibamos que todas as organizações têm como principal objetivo atender seu público alvo, independente de ser ter ou não fins lucrativos, os propósitos precisam ser claros e alinhados com sua missão, visão e valores.

Em geral, nas organizações, os propósitos estão alinhados à tríade missão, visão e valores. Mas será que todas as organizações sabem quais são os seus propósitos? E será que  estão alinhados ao momento atual em que vivemos?

A Missão está relacionada à razão de sua existência e aos objetivos que busca. É a identidade da organização e precisa ter relação com as estratégias e realizações. Não é algo imutável ou estanque, pode ser adaptado à medida que o ambiente interno e externo evoluem, pois, a mudança impactará nas estratégias. Faz parte da evolução natural e apenas os que não têm medo da mudança podem alterar seu status quo.

Quando se olha para a Visão é fundamental entender quem ou o quê se quer ser ao crescer. Qual a imagem quer vislumbrar ao olhar para o futuro da sua organização? Em qual direção pretende seguir com o leme da sua organização? Faz-se mister que se tenha um olhar no horizonte para enxergar as mudanças e como é possível a adaptação ao ambiente que está em constante modificação.  É imprescindível que as organizações tenham uma visão de mercado, as transformações na inclusão, na aceitação e adaptabilidade ao novo e como vislumbrar essas modificações de maneira positiva e, inclusive, usando a favor do crescimento e desenvolvimento organizacional e quais impactos reverberarão nos ambientes interno e externo.

No que se refere aos Valores esses estão totalmente ligados ao caráter, ética e moral, e  todos os stakeholders, inclusive os terceirizados e prestadores de serviços devem  integrar dos mesmos valores.

E quando se fala do ambiente organizacional? É aquilo que acredita-se ser o correto, são as convicções dos seus idealizadores, os princípios que norteiam a organização. Como uma bússola para direcionar e guiar as pessoas envolvidas no ambiente interno e externo e de que forma são impactadas pela filosofia da organização. É possível uma empresa ser mais ou menos ética? Acredita-se que não. Ou se tem caráter ou não e isso é parte fundamental das políticas das organizações, que estão muito alinhadas aos valores dos seus fundadores.

Não adianta incluir na tríade acima a preocupação com a inclusão, a diversidade, o meio-ambiente e a responsabilidade social e não agir efetivamente com base nos objetivos de desenvolvimento e sustentabilidade. Essas mudanças para se adequar às demandas atuais da sociedade devem ser reais, impressas e visíveis no DNA da organização.

A mudança precisa ocorrer e faz-se necessário que seja verdadeira e não apenas um quadro na parede ou um banner na homepage da organização. Precisam estar incorporadas a partir das mudanças do mundo que se vê e que se vive hodiernamente. Essa mudança precisa ocorrer em todos os níveis organizacionais, do operacional ao estratégico e que envolvam todas as áreas e promovam uma metamorfose organizacional.

O trem, avião ou foguete de um novo ambiente organizacional com foco em propósitos contemporâneos já está partindo e acredita-se que não se pode perder o time para não incorrer no risco de ficar ultrapassado e sem visão de um horizonte inclusivo, diverso e responsável.

E, por vezes, se faz mister alterar sua tríade a partir das mudanças que ocorrem constantemente e impactar nos propósitos. Urge que a mudança ocorra de dentro para fora e que seus colaboradores tenham conhecimento dos propósitos da organização de que fazem parte. Desta forma, promoverá engajamento, motivação e orgulho em pertencer e tudo será refletivo no sucesso de sua organização.

Márcia Reis

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